WhatsApp permitirá fazer pagamentos e transferências pelo app no Brasil. Saiba como vai funcionar

RIO  - O WhatsApp anunciou, nesta segunda-feira (dia 15), que o Brasil será o primeiro país a receber uma atualização do aplicativo que vai possibilitar aos usuários transferir e receber dinheiro em transações instantâneas, usando cartões cadastrados. O país será o primeiro a usar o serviço de pagamentos via WhatsApp, já testado na Índia, em larga escala.

A ferramenta também vai permitir que contas do WhatsApp Business recebam pagamentos por produtos e serviços. Para a operação, será preciso cadastrar um cartão com a função débito para fazer as transferências, que puderão ser usadas como meios de pagamento a distância por pequenos negócios.

Durante a pandemia do novo coronavírus, diversas empresas estão usando a plataforma para manter suas vendas, e a rede tem se tornado um grande marketplace, segundo especialistas.

As pessoas físicas poderão enviar dinheiro e fazer compras no WhatsApp sem custos extras. Já as empresas pagarão uma taxa de processamento para receber pagamentos de clientes, semelhante às cobranças feitas em operações com cartão de crédito.

O recurso de pagamentos no WhatsApp será disponibilizado gradualmente a partir de hoje, e futuramente todos os usuários no Brasil poderão aproveitar seus benefícios.

As transações somente podem ser feitas em real e dentro do Brasil. Há um limite de mil reais por transação e R$ 5 mil por mês.

Será possível fazer até 20 operações por dia. Com o recurso de pagamentos no WhatsApp, além de ver os produtos no catálogo, os clientes poderão fazer o pagamento do produto escolhido sem sair do app.

Os pagamentos são feitos dentro de uma função chamada Facebook Pay. Além do WhatsApp, o Facebook é dono do Instagram.

Em nota, o WhatsApp afirma que o recurso tem esse nome para que, no futuro, os mesmos dados de cartão possam ser utilizados em toda a família de aplicativos da empresa — sinalizando que o Facebook planeja expandir funções de pagamento para outros apps.

“Pequenas empresas são fundamentais para o país. A capacidade de realizar vendas com facilidade no WhatsApp ajudará os empresários a se adaptarem à economia digital, além de apoiar o crescimento e a recuperação financeira", disse Matt Idema, diretor de Operações do WhatsApp, em nota.

Em seu perfil nas redes sociais, Mark Zuckerberg, fundador e diretor executivo do Facebook, escreveu que a ferramenta vai possibilitar uma maneira segura e consistente de efetuar pagamentos nos aplicativos:

"Hoje estamos começando a lançar pagamentos para pessoas que usam o WhatsApp no Brasil. Estamos facilitando o envio e o recebimento de dinheiro como o compartilhamento de fotos. Também estamos permitindo que pequenas empresas façam vendas diretamente no WhatsApp. Para fazer isso, criamos o Facebook Pay, que fornece uma maneira segura e consistente de efetuar pagamentos em nossos aplicativos."

O líder do Facebook acrescentou um agradecimento aos bancos parceiros no Brasil, destacando que o país é o primeiro no mundo a ter acesso à solução:

"Quero agradecer a todos os nossos parceiros por tornar isso possível. Estamos trabalhando com bancos locais, incluindo o Banco do Brasil, Nubank, Sicredi e Cielo, o principal processador de pagamentos para comerciantes no Brasil. O Brasil é o primeiro país em que estamos lançando amplamente pagamentos no WhatsApp. Mais em breve!".

Como vai funcionar?

Para que os usuários possam enviar e receber dinheiro pelo WhatsApp, será preciso cadastrar um cartão na função Facebook Pay. Veja como vai funcionar:

  • Haverá uma função, no mesmo menu do envio de imagens, chamada "Pagamento".
  • Quando o usuário clicar nela, o aplicativo vai pedir um valor e redirecionar para a criação de uma conta.
  • Será preciso aceitar os termos de uso da plataforma e criar uma senha numérica de 6 dígitos.
  • Depois, o usuário vai precisar incluir nome, CPF e um cartão emitido por um dos bancos parceiros.
  • Será preciso verificar o cartão junto ao banco, que vai enviar um código ao usuário por SMS, e-mail ou aplicativo do próprio banco. Esse código serve para impedir o cadastro de cartões roubados, por exemplo.
  • De acordo com o WhatsApp, o uso da senha (ou reconhecimento biométrico do celular) vai ser necessário toda vez que o usuário for enviar dinheiro. As informações de cartão são encriptadas.

Quem vai poder usar?

Inicialmente será possível usar cartões de débito, ou que têm funções de débito e de crédito, Visa e Mastercard, dos bancos Nubank, Sicredi e Banco do Brasil. A transferência vai ser intermediada pela Cielo e será sem taxas para os usuários. Segundo o WhatsApp, o modelo é aberto e está disponível para receber outros parceiros no futuro.

Para as contas comerciais, usando o WhatsApp Business, é preciso ter uma conta Cielo para solicitar e receber pagamentos ilimitados, tanto de crédito quanto de débito, oferecer reembolsos e ter suporte técnico. Os comerciantes, diferentemente dos usuários, pagam uma taxa fixa de 3,99% por transação.

Uma das empresas que fecharam acordo com a plataforma é a Visa. Para Fernando Teles, gerente da Visa do Brasil, a ferramenta vai auxiliar consumidores a comprar e a pagar digitalmente, além de oferecer aos comerciantes mais uma opção de pagamento:

“Usuários do WhatsApp no Brasil agora podem fazer transferências de dinheiro para amigos e familiares, além de efetuar pagamentos para empresas. Ou seja, os pequenos e médios empresários também contam com mais uma opção para aceitar pagamentos, utilizando os recursos de mensagens de uma plataforma que já é familiar a eles”, afirmou Teles, em nota.

Também em um comunicado, Joao Pedro Paro Neto, presidente da Mastercard Brasil e Cone Sul, destacou o potencial de ampliação de acesso a meios de pagamento dessa nova solução:

“Como empresa de tecnologia de pagamento, trabalhamos para trazer novos produtos para promover a inclusão financeira de maneira segura, prática e fácil para transações contínuas. Essa parceria com o Facebook, mostra nossa capacidade de revolucionar as opções de envio e recebimento de dinheiro no Brasil, mantendo as necessidades de nossos clientes na vanguarda de nossa estratégia e apoiando pequenas empresas locais”.

FONTE o Globo

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