Dono da SmartFit pedia em grupo de empresários dinheiro para impulsionar mensagens contra o Legislativo
Edgard está entre os empresários investigados no inquérito que apura fake news e ameaças ao Supremo. Por determinação de Moraes, responsável pelo inquérito, Edgard Corona teve o sigilo bancário e fiscal quebrado, além de ter sido alvo de busca e apreensão na operação desta quarta-feira. Ele deverá ser ouvido pela PF no prazo máximo de 10 dias.
Saiba: Quais são os alvos da PF no inquérito que apura fake news e ataques aos ministros do STF
Em sua decisão, Moraes pontua que o empresário é um dos possíveis financiadores de inúmeras publicações e vídeos com conteúdo ofensivo ao STF, bem como mensagens que defendem a "subversão da ordem" e incentivam a "quebra da normalidade institucional e democrática".
Ainda de acordo com o ministro, há indícios de que essas mensagens sejam disseminadas por robôs para que atinjam um número expressivo de leitores. É essa a estrutura financiada pelo grupo de empresários, incluindo Edgard Corona, que são investigados no inquérito. Alguns fazem parte de um grupo de WhatsApp chamado "Brasil 200 Empresarial", onde organizariam o impulsionamento das publicações.
Criado em 2018 para dar suporte à tentativa de Flávio Rocha, dono da varejista Riachuelo, de se candidatar à Presidência, o "Brasil 200 Empresarial" conta com cerca de 300 empresários, entre eles os de grupos de varejo como Havan, Polishop, Bio Ritmo, Centauro e Gocil Segurança.
Edgard tem negócios no México, Chile e República Dominicana, além de ser dono de empresas no ramo agropecuário e imobiliário. Procurado pelo GLOBO, a assessoria do empresário disse que "Edgard Corona está à disposição da Justiça para os devidos esclarecimentos em investigação do STF".
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