‘A polícia não descarta nenhuma linha de investigação’, diz delegado Jardel sobre morte de Aguinaldo Promissória

Namorada do vereador foi ouvida pela Polícia Civil nesta terça (26). Homem que fez vídeo dentro do quarto do vereador também será ouvido.
Apesar da morte do empresário e vereador Aguinaldo Carvalho de Aguiar, mais conhecido como Aguinaldo Promissória, 46 anos, ter sido registrada como suicídio na 16ª Secional Urbana de Santarém, oeste do Pará, a Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese no inquérito que está sob a responsabilidade do delegado Fábio Amaral.

Aguinaldo Promissória morreu na madrugada de segunda (25) com um tiro na cabeça, no quarto da casa onde ele morava, na avenida Anysio Chaves, bairro Aeroporto Velho. Ele estava em companhia da namorada identificada como Isabela Ataíde.

“A Polícia Civil não descarta nenhuma linha de investigação. O inquérito está tramitando sob a presidência do delegado Fábio Amaral com apoio dos investigadores da Especializada de Homicídios. Todos os exames necessários foram requisitados, e serão preponderantes para a conclusão do inquérito”, disse o superintendente regional da Polícia Civil no Baixo Amazonas, delegado Jardel Guimarães em entrevista ao repórter Bena Santana.

O superintendente recebeu na manhã desta terça os advogados Osmando Figueiredo e Raimundo Nonato Castro, que defendem os interesses da família do vereador. Eles buscavam informações sobre o inquérito e sobre os motivos de Isabela Ataíde, namorada da vítima, não ter sido submetida ao exame de pólvora combusta.


“O delegado Fábio Amaral solicitou todos os exames necessários ao conjunto probatório, e foi informado pela Polícia Científica que o exame de pólvora combusta não é mais realizado no Brasil, já que segundo os peritos nacionais não é um exame seguro. Tem até nota técnica dos peritos sobre essa decisão, e ela foi encaminhada à delegacia para ser anexada aos autos do inquérito. Portanto, esse exame não existe mais no rol dos exames da Polícia Civil”, explicou Jardel Guimarães.

O superintendente regional da Polícia Civil também explicou porquê Isabela não deu um depoimento formal no dia morte de Aguinaldo Promissória, quando foi conduzida a 16ª Seccional.
“Ela não tinha condições de prestar as devidas informações nos autos do inquérito devido ter ingerido bebida alcoólica. O delegado Fábio achou prudente não ouvi-la formalmente, mas ela foi devidamente entrevistada e foi submetida a exames de dosagem alcoólica. A namorada da vítima foi ouvida hoje pela manhã no inquérito e várias pessoas que estavam no local serão ouvidas. A filha da vítima será ouvida, a pessoa que fez o vídeo também será ouvida, para que juntamente com a prova técnica o inquérito seja concluído”, disse.

Familiares de Aguinaldo também serão ouvidos no curso do inquérito que apura as circunstâncias da morte do vereador, assim que for possível e eles estiverem menos abalados com os acontecimentos.

A Polícia Civil também aguarda a conclusão dos laudos periciais. O delegado Fábio Amaral tem prazo de 30 dias para concluir o inquérito.

Informações extraoficiais dão conta de que a família de Aguinaldo Promissória teria contratado um perito particular para auxiliar nas investigações.

Fonte: G1

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