MOVIMENTAÇÕES POLÍTICA PARAENSE NA VISÃO DA JORNALISTA FRANSSINETE FLORENZANO

É febril o movimento nos bastidores políticos parauaras. Até o dia 1º de abril, quando fecha a janela partidária, do pescoço para baixo tudo é canela. O vale-tudo é para arrebanhar o maior número de siglas partidárias em apoio aos respectivos candidatos e, claro, enfraquecer ou até eliminar os adversários. Até agora, o governador Helder Barbalho, o Delegado Fonseca e o senador Zequinha Marinho já lançaram suas candidaturas. No PSOL, a bola está dividida entre Fernando Carneiro, Silvia Leticia Luz e Araceli Lemos, mas a vertente situacionista prefere apoiar a reeleição de Helder.

Para o Senado, está tudo embolado. O serpentário festeja que Manoel Pioneiro ficou literalmente nas mãos do governador e do prefeito de Ananindeua, que, obviamente, não têm interesse em adubar o antigo adversário, até porque sempre foi sonho de Pioneiro governar o Pará. Flexa Ribeiro se inclinou ao grupo de Helder mas parece mesmo alinhado com a candidatura do Delegado Fonseca. Beto Faro, se tiver juízo, se arrepende em tempo hábil da rasteira no senador Paulo Rocha, que rachou o PT Pará e enfraqueceu a sua própria candidatura e também a de sua esposa, a deputada Deputada Dilvanda Faro. Perigam naufragar. Mário Couto está há vários anos sem mandato mas aposta que ainda tem seus nichos eleitorais. Ursula Vidal ruma para a sexta filiação partidária, acreditando estar bem posicionada. E de Santarém surgiu mais um personagem, o vereador Aguinaldo Promissória que vem defendendo a bandeira da Criação do Estado do Tapajos que é um clamor da população da Região Oeste Paraense

A candidatura a vice de Helder Barbalho é o grande “x” da questão. Se estiver muito bem nas pesquisas pode se dar ao luxo de uma “chapa pura”, com vice do MDB Pará. Mas os minutos na propaganda eleitoral contam, e muito.  Não resta dúvida de que o homem forte do governo é o presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA), Deputado Chicão, que está articulando pessoalmente, ao lado do chefe da Casa Civil, Iran Lima, a engenharia das adesões partidárias, tanto na região metropolitana de Belém quanto no interior, que integrarão o arco de sustentação política de Helder. Chicão, que na prática também é o vice-governador, é personagem coringa no xadrez político: tanto pode compor como vice quanto se recandidatar a deputado estadual e, consequentemente, a presidente da ALEPA, onde é querido pelos servidores e políticos.

Fonte: URUÁ-TAPERA

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