Universidade de Buenos Aires cancela palestra de Moro após protestos

À conturbada saída do Ministério da Justiça abalou o prestígio de Sergio Moro entre o público bolsonarista. Mas na Argentina – ao menos para a ala peronista/kirchnerista – o ex-juiz da Lava Jato continua visto como uma figura ultraconservadora e passível de constestação. Nesta quinta-feira, 28, a Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), uma das mais tradicionais da América Latina, cancelou a palestra virtual que o jurista brasileiro daria no dia 10 de junho, após duros protestos de professores e membros do governo do presidente Alberto Fernández, que foi professor da UBA.

Moro se disse vítima de “pressão política”.

“Fui convidado pela Universidade de Buenos Aires para falar sobre o Estado de Direito e a luta contra a corrupção e fui informado de que a palestra havia sido cancelada por pressão político-partidária. Não corresponde a mim avaliar os motivos”, afirmou Moro ao jornal local La Nación. “Recebi convites semelhantes de universidades do Brasil e do exterior e nunca tive este tipo de problema”, completou o ex-ministro.

A palestra de Moro havia sido anunciada na quarta-feira 27 nas redes sociais da UBA. Segundo o diário argentino, o Centro de Estudos sobre Transparência e Luta contra a Corrupção da universidade, que havia organizado o evento, disse que a decisão de cancelá-lo partiu da direção. No entanto, o convite já havia dividido membros do próprio centro. Natalia Volosín, advogada e membro do conselho do grupo de estudos, apresentou sua renúncia.

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