Alunos decidem manter ocupação na unidade da Ufopa em Santarém, em defesa dos seus direitos.

Prédio da unidade Amazônia está ocupado desde o dia 3 de novembro.
Manifestantes são contrários a PEC 241 e mudanças no ensino médio.

Os manifestantes são contrários a Medida Provisória 746, que estabelece mudanças no ensino médio (Foto: Adonias Silva/G1)

Estudantes que participam da ocupação da unidade Amazônia da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém, oeste do estado, decidiram em manter a ocupação no local. Em assembleia realizada no domingo (6), o grupo definiu novos rumos do movimento, que segue por tempo indeterminado. Ao menos 150 estudantes participaram da assembleia, segundo a organização.

Os manifestantes são contrários a Medida Provisória 746, que estabelece mudanças no ensino médio e a Proposta de Emenda à Constituição 241 (PEC-241), que tramita no Senado como PEC 55 e estabelece limites para o aumento de gastos públicos pelos próximos 20 anos. O grupo protesta ainda contra algumas demandas locais, como o descaso na administração da universidade por parte da reitoria.
 
A estudante do curso de antropologia, Malena Farias, que faz parte da comissão de assessores de imprensa, disse ao G1 que a previsão é que a desocupação ocorra até o dia da votação da PEC. Malena contou ainda que as aulas na unidade Amazônia estão suspensas e que os professores que apoiam o movimento estão convocando alunos para se juntar aos demais. Aulões e outras atividades estão previstas para ocorrer no local.

Desde o dia da ocupação, os alunos levaram colchões, redes, travesseiros e outros pertences para passar o dia e a noite na unidade. O acesso ao prédio também passou a ser controlado. Os manifestantes se comprometeram em manter a ocupação de forma pacífica, sem danos à estrutura da Universidade. Uma assembleia está prevista para ocorrer na quarta-feira (9) no fim da tarde para definir novos rumos da ocupação.

A ocupação
O grupo de estudantes ocupou o prédio da unidade Amazônia no dia 3 de novembro. A decisão foi decidida em assembleia e conforme a comissão de assessores de imprensa integra o movimento nacional de ocupação das instituições de ensino, como escolas, institutos federais e universidades.