Greve dos bancários completa 4 semanas em Santarém


A greve dos bancários completa nesta terça-feira (4), quatro semanas de paralisação em todo o Brasil. Em Santarém, oeste do Pará todas as 14 agências bancárias aderiram ao movimento nacional para exigir reajuste de 14,7%. Sem acordo, a greve continua por tempo indeterminado.


A categoria reivindica reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880). 
Também é pedido décimo-quarto salário, fim das metas abusivas.

A última proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentada ao Comando Nacional dos Bancários foi rejeitada na última assembleia realizada no dia 28 de setembro. O texto manteve os 7% no reajuste, mais abono de R$ 3,5 mil para 2016. Já para 2017, a proposta foi a reposição da inflação mais 0,5% de aumento real. Vales e auxílios seriam corrigidos pelos mesmos índices.

Atualmente, os bancários recebem um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). A regra básica da participação nos lucros e resultados é 90% do salário acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4. 043,58. O auxílio-refeição é de R$ 29,64 por dia.

Prejuízos à população
A greve dos bancos tem causado transtornos a muitas pessoas, em especial a quem perdeu o emprego recente. A dificuldade em sacar o Fundo de Garantia por Tempo Serviço (FGTS) fez com que a cozinheira Eriêde Guimarães, de 49 anos desistisse de sacar a segunda parcela do pagamento, que estava agendada para o final do mês de setembro. “Fui várias vezes na agência da Caixa Econômica e não consigo receber o dinheiro, falam lá que tá em greve e sem previsão de volta. Me sinto no prejuízo, pois eu tô precisando do dinheiro e agora nem sei quando vai ser possível receber”, reclamou.



empresária Nicia Coutinho enfrenta dificuldades para
pagar as contas em dia (Foto: Nicia Coutinho/Arquivo Pessoal)
Quem tem empresa ou possui conta corrente pessoa jurídica acaba tendo que passar por uma situação mais complicada. Devido a paralisação, os serviços de atendimento ao público, como por exemplo, pagamentos ficam comprometidos.
Para a empresária Nícia Coutinho, o principal prejuízo da greve é que as pessoas ficam limitadas na hora que precisam pagar uma conta ou quitar uma dívida. “A gente acaba pagando com multas e juro por causa do atraso fica muito difícil, às vezes tem agência com apenas um caixa eletrônico funcionando”.
Recentemente, a empresária precisou pagar a rescisão de contrato de uma funcionária e para isso, a trabalhadora precisou de uma conta bancária e infelizmente não conseguiu realizar a abertura da conta. “E aí como é que faz o pagamento?”, questiona Nicia.


Alguns clientes, por outro lado afirmaram não sofrer nenhum tipo de impacto com a paralisação das agências bancárias, pois utilizam o serviço de banco online, via internet para suprir suas necessidades bancárias.
As transações geralmente são realizadas e executadas em um ritmo mais rápido do que nas próprias agências físicas, economizando tempo. O gestor de contratos Hermano Melotti, 32 anos, vai raramente ao banco, todas as transações ele realiza pela internet, como pagar contas e consultar extratos. “Só vou ao caixa eletrônico quando preciso pra sacar dinheiro”, disse.

Fonte;G1

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