'Arborizar Santarém': equipes da Semma iniciam preparação do solo para mais uma etapa do programa

Equipes da Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), iniciaram nesta semana, a preparação do solo para o plantio de novas mudas. O trabalho, realizado em parceria com as Secretarias de Agricultura e Pesca (Semap) e Ubarnismo e Serviços Públicos (Semurb), faz parte do programa "Arborizar Santarém" e busca promover ambientes verdes no município, transformando a paisagem e o clima do local. Nesta nova etapa, as equipes buscam atender a população que reside no entorno da Avenida Elias Pinto (a nova Moaçara).

O processo para o plantio nessa área foi iniciado no ano de 2022 e agora terá continuidade, após a entrega total da via. Em um primeiro momento, as equipes de arborização realizaram a identificação, marcação e perfuração dos locais. Depois, prepararam o solo com um composto específico, a fim de que ele esteja pronto para receber as mudas. 

Os pontos para o plantio foram definidos e marcados.

Nesta fase, a ideia é plantar espécies que representem nossa flora, como: Castanha do Pará, Samaumeiras, Copaíba, Andiroba, Cumaru, Açaizeiro, Bacaba, Buriti e outras, sendo um pedacinho da Amazônia dentro da zona urbana de Santarém.

O plantio de 60 das 300 mudas será realizado nos dias 21 e 24 de março como parte da programação da Semana Municipal da Água e da Árvore, que está sendo desenvolvida pelo Centro Municipal de Informação e Educação Ambiental (CIAM). 

Esse é o primeiro plantio que será realizado, após a aprovação do Plano e do Manual de Orientação Técnica da Arborização Urbana.

“Nós executamos nos anos de 2021 e 2022, mas executamos ainda seguindo o modelo de outras cidades, agora nós temos nosso próprio código de arborização e esse é o momento de nós colocarmos em prática e dar evidência a ele, para que outras pessoas, no futuro, possam por si só desenvolver esse processo de arborização na sua rua, no local próximo a sua residência”, destacou Francileno Rêgo, biólogo da Semma.

A escolha das espécies, também, se deu após estudo das áreas já arborizadas, considerando o fator amazônico e todas as problemáticas que espécies adaptadas causam no dia a dia.

“Se nós observarmos o que constitui hoje nossa arborização, ela é composta basicamente por espécies que não são amazônicas e que hoje acabam trazendo alguns transtornos. O exemplo mais recorrente é a mangueira que vez ou outra nós temos solicitação de corte ou de poda por problemas, que devido ao plantio em espaço inadequado levam ao contato com fiação elétrica, quebra de calçadas, de paredes das residências por conta do crescimento de raízes, queda de frutos sobre telhados e assim por diante, por esse e outros motivos nós queremos variar. Temos mais de 5 mil espécies botânicas na Amazônia e fica muito ruim a nossa arborização estar restrita basicamente a 4, 5 espécies no máximo, então vamos tentar dar uma mudada nesse cenário e cada vez tentar melhorar”, concluiu o biólogo.

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