Operação da PF cumpre mandados de busca e apreensão contra desembargadores no Pará
O nome da operação Q.I. remete à sigla informal “Quem Indica”, em substituição à sigla original “Quociente de Inteligência”, utilizada para expressar a prevalência das referências e indicações baseadas nas relações pessoais e de amizade em detrimento do currículo, conhecimentos formais e habilidades de candidatos postulantes a uma vaga de trabalho, circunstância que fere os princípios da Administração Pública.
Cerca de 112 Policiais Federais foram mobilizados para cumprir as medidas cautelares expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A deflagração da operação contou ainda com a participação de Procuradores da República.
A investigação teve início a partir da análise do material apreendido na Operação Para Bellum, ocorrida em junho de 2020 e que apurou fraudes na compra de respiradores pulmonares no pico da pandemia de covid-19.
Em um dos telefones celulares apreendidos na época, foram localizadas mensagens, as quais demonstram que, de um lado, Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, valendo-se de seus cargos, patrocinaram, em tese, direta e indiretamente, interesses privados perante a Administração Pública, ao indicar “apadrinhados” (parentes e amigos) para cargos em comissão em diversos órgãos do Poder Executivo.
A Polícia Federal continuará investigando os fatos.
Com informações Ascom PF
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